O Fórum Nacional do Forró de Raiz surgiu em 2009 através da união de detentores dos conhecimentos das matrizes do forró, membros das comunidades forrozeiras de todo o país, além de produtores culturais, comunicadores, pesquisadores e gestores de instituições culturais públicas e privadas, com o objetivo de promover, estimular e incentivar o desenvolvimento de aptidões artísticas, despertando o sentimento de cidadania e o desenvolvimento artístico-cultural, tendo como base o ritmo que mais representa o povo nordestino, discutindo políticas e ações para registro e salvaguarda do forró como patrimônio cultural brasileiro a partir de inúmeras ações que visam o fortalecimento da cadeia produtiva do Forró. 

 

O principal objetivo dos Fóruns é promover o reconhecimento do registro do forró como patrimônio cultural do Brasil e foram realizados nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal, onde se mantém presentes. Em 2011, a Associação Cultural Balaio Nordeste fez o pedido do registro do Forró como patrimônio cultural ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e em 2015 foi realizado, com o apoio do IPHAN(PB), o I Fórum Nacional do Forró de Raiz.

 

Em 2017 foi realizado o II Encontro Nacional de Forrozeiros, juntamente, com o II Fórum Nacional do Forró de Raiz tendo a participação de grandes expoentes da música nordestina, tais como: Alcymar Monteiro, Santanna, Nando Cordel, Genival Lacerda, Cezzinha, Chambinho do Acordeom, Amorosa. Flávio José, Flávio Leandro, Geraldo Cardoso, Sivuquinha, entre outros. Na ocasião, houve uma importante audiência pública no Senado Federal – Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), na qual foram discutidas as formas de preservação e patrimonialização dos ritmos tradicionais do forró de raiz. 

 

Além disso, foram realizadas 5 (cinco) audiências públicas com a participação de senadores e deputados em Brasília, Natal, Paraíba e Bahia. Ocorreram também outras 5(cinco) audiências públicas, desta vez, com deputados estaduais na Bahia e Paraíba. Com o objetivo de subsidiar a pesquisa que resultará na produção do Dossiê de patrimonialização do forró, aconteceram encontros com o ministro da cultura Sérgio Sá Leitão, com o deputado federal Luís Couto e com a senadora Fátima Bezerra, através dos quais foi viabilizada ao Iphan a verba para realização da pesquisa. 

 

Em 2020, através da Emenda parlamentar do deputado Daniel Almeida da Bahia foram realizados, de maneira virtual, os Fóruns Forró de Raiz em cinco estados do Nordeste, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Bahia. 

 

Em 2021, essa luta será consagrada com a entrega do título Forró como Patrimônio Cultural do Brasil no IV Encontro Nacional de Forrozeiros e o III Fórum Nacional de Forró de Raiz

 

Os Fóruns têm sido um importante movimento cultural em busca de discutir e de viabilizar o reconhecimento/registro do Forró como Matriz Cultural identitária do povo brasileiro. O forró é um ritmo que constitui uma das maiores expressões de nossa cultura e que, portanto, deve ser (re)conhecido e valorizado por todos. 

 

Para mais informações sobre os Fóruns, acesse o site:

https://forropatrimoniocultural.art.br/forum/forum-nacional