Dominguinhos

Sala da orquestra / aula

Foto: Marcelo Carnaval

Dominguinhos, cujo nome completo era José Domingos de Morais, foi um renomado instrumentista, cantor e compositor que brilhou durante uma carreira com mais de 50 anos, conquistando e encantando o Brasil com suas obras musicais. Ele teve a honra de ser influenciado por grandes mestres da música, como Luiz Gonzaga e Orlando
Oliveira.

A história de Dominguinhos teve início em 12 de fevereiro de 1941, na cidade de Garanhuns, no estado de Pernambuco. Sua conexão com a música começou na infância, pois era filho de Mestre Chicão, um habilidoso tocador e afinador de acordeões de oito baixos. Crescendo em um ambiente musical tão rico, ele formou um trio chamado “Os Três Pinguins” com seus dois irmãos, e juntos se apresentavam em feiras livres, bares e até mesmo em frente a hotéis.

Aos nove anos, Dominguinhos teve a oportunidade de se apresentar em frente a um hotel, onde impressionou um dos hóspedes, que era nada menos que Luiz Gonzaga.

Este encontro marcante resultou em um convite para ir ao Rio de Janeiro, que se concretizou quatro anos depois. Ao chegar na cidade maravilhosa, Luiz Gonzaga presenteou Dominguinhos com uma sanfona de oitenta baixos. O Rei do Baião tornou-se seu padrinho musical, e Dominguinhos passou a acompanhá-lo em ensaios, shows e gravações, fazendo sua estreia profissional tocando sanfona na música “Moça de Feira”.

Inicialmente, Dominguinhos continuou se apresentando em bares, churrascarias e boates. Entre 1957 e 1958, ele integrou o grupo de forró “Trio Nordestino”, mas em 1958 optou por seguir carreira solo novamente.

Seu primeiro disco, “Fim de Festa”, foi lançado em 1964, e em 1967, ele retornou ao grupo de músicos de Luiz Gonzaga, acompanhando-o em turnês pelo Nordeste.

Dominguinhos era um artista versátil, colaborando com diversos cantores, incluindo nomes como Gal Costa, Elba Ramalho, Chico Buarque, Gilberto Gil, entre outros.

Entre seus maiores sucessos estão clássicos como “Eu Só Quero um Xodó” e “Isso Aqui Tá Bom Demais”. Durante sua carreira, ele conquistou diversos prêmios, incluindo o Grammy Latino em 2002 com o CD “Chegando de Mansinho” e novamente em 2012 na categoria de Melhor Álbum Brasileiro de Raiz com o CD e DVD “Iluminado”.

O mestre Dominguinhos deixou uma marca inesquecível na história da música popular brasileira, não apenas por sua música, mas também pelo seu icônico chapéu de couro e sua contribuição inestimável para a cultura musical do Brasil.

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